Conecte-se conosco

Brasil

Lula está irritado com “cotoveladas” públicas entre o ministro de Minas e Energia e o presidente da Petrobras

Publicado em

em

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sinalizou a um grupo de aliados estar irritado com a queda de braço entre o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. As informações são de Gustavo Uribe, da CNN Brasil. Segundo relatos feitos à CNN, o petista avalia que o conflito avançou a um estágio grave e tem desgastado a imagem do governo. Por isso, o presidente está disposto a se reunir com ambos para tentar mediar o conflito. De acordo com assessores palacianos, Lula ainda não deu sinais de estar decidido a fazer uma troca no comando da empresa. O conflito entre os dois ministros também tem gerado incômodo entre integrantes do Palácio do Planalto. No momento em que o presidente trabalha por pautas positivas, para tentar recuperar a popularidade, o diagnóstico é de que uma queda de braço mina os esforços. O pagamento dos dividendos extraordinários da empresa estatal foi o mais recente embate entre Silveira e Prates. O incômodo de Silveira com Prates, inclusive, foi indicado pelo ministro em entrevista recente. Os dois já tinham protagonizado embates sobre reajuste no preço dos combustíveis e sobre a administração da empresa estatal. Mercadante A expectativa de Prates é que Lula decida o que fazer, embora ele negue a pessoas próximas que pretenda deixar o cargo. Prates espera uma conversa com Lula nos próximos dias, o que não deve ocorrer nesta semana por conta da agenda presidencial. Embora Prates ainda permaneça no cargo, a situação levou a integrantes do governo a já discutirem nomes para substituí-lo. O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, é um dos nomes citados por auxiliares de Lula. O desenho cogitado no Palácio do Planalto inclui transferir Nelson Barbosa, atual diretor de Planejamento do BNDES, para a presidência do banco. Barbosa foi ministro da Fazenda de Dilma Rousseff. Outros nomes citados inclui a ex-diretora da ANP Magda Chambriard, o assessor da Casa Civil Bruno Moretti e Maurício Tolmasquim, atual diretor da Petrobras voltado para transição energética. A crise também tem como pano de fundo a disputa interna do governo entre os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Fernando Haddad (Fazenda). Na questão do pagamento dos dividendos extraordinários, Haddad ficou ao lado de Prates, que não queria a retenção total do dinheiro no caixa da empresa. Já Costa se alinhou a Silveira, a favor de usar os recursos para impulsionar os investimentos.
Continue lendo
Clique para comentar

Deixe uma Resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *